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Sabores Vivos: A Tradição das Quitandas de Tapera e Região

Atualizado: 19 de fev.


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O projeto Quitandas e Quitandeiras na Tapera é uma iniciativa dedicada à preservação e valorização das quitandas e das quitandeiras, símbolos vivos da cultura e tradição culinária de Tapera e municípios vizinhos. Com o objetivo de manter vivas as receitas e técnicas passadas de geração em geração, o projeto visa não só proteger esse legado, mas também promovê-lo entre os moradores da região e seus visitantes.


As quitandeiras, figuras centrais desse ofício, são mulheres que carregam em suas mãos o saber de preparar quitandas — pães, biscoitos, bolos e roscas feitos de maneira artesanal, com ingredientes locais e técnicas tradicionais. Suas receitas são heranças que nos conectam à memória e identidade da região, transmitindo carinho, dedicação e história em cada preparo.


Por meio de oficinas e workshops, o projeto busca ensinar esses saberes a novos públicos, passando adiante o valor dessas receitas para que elas continuem a fazer parte do cotidiano da comunidade local. As feiras e eventos culturais organizados pelo projeto também oferecem ao público a oportunidade de degustar e conhecer de perto esses quitutes, fortalecendo o vínculo entre gerações e incentivando o desenvolvimento da economia criativa na região.


Além das atividades práticas, o projeto dedica-se também a documentar essas histórias e receitas. Fotografias, vídeos e entrevistas com as quitandeiras são uma maneira de registrar e valorizar esse patrimônio, assegurando que ele seja lembrado e respeitado pelas futuras gerações.


O Quitandas e Quitandeiras na Tapera é, assim, mais do que uma celebração da gastronomia: é um movimento para manter viva a memória, a cultura e o sabor de Tapera e seus municípios vizinhos, fortalecendo a identidade e o orgulho dessa rica e diversa região.


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O "1º Festival de Quitandas e das Mulheres Quitandeiras do Mato Dentro" é um evento criado para valorizar e preservar o patrimônio cultural imaterial das quitandeiras – mulheres que, ao longo de gerações, mantêm viva a tradição de preparar quitandas, como biscoitos, pães e outras delícias artesanais.


Este festival promove atividades artísticas e educacionais, unindo diversas linguagens para explorar e divulgar essa cultura tradicional. Dentre as ações planejadas, estão:


  • Produção Digital: Criação de conteúdos multimídia que registram o trabalho e as histórias das quitandeiras, levando essas tradições para um público mais amplo através das mídias digitais.

  • Cartografia Sensorial e Oficinas: Oficinas criativas e atividades de cartografia sensorial, que permitem ao público explorar e mapear o território cultural das quitandeiras, aumentando a conexão com essa herança cultural.

  • Rodas de Conversa e Educação Patrimonial: Momentos de diálogo e atividades educativas para conscientizar sobre a importância desse patrimônio.

  • Artes Visuais e Estátua Homenagem: Produção de obras visuais e a inauguração de uma estátua em homenagem a Maria de Chica, uma figura simbólica da cultura local.

  • Teatro e Apresentações Culturais: Apresentações de teatro e manifestações culturais populares, mostrando a diversidade e riqueza das tradições locais.


O festival visa fortalecer os laços entre as gerações, proporcionando espaços onde as quitandeiras possam compartilhar seus conhecimentos e habilidades. Ao valorizar essa cultura, o evento contribui para que essas práticas continuem sendo passadas adiante, garantindo a preservação desse patrimônio.


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As quitandeiras são mulheres que vendem produtos artesanais, como pães, biscoitos e bolos, geralmente em tabuleiros. O termo "quitanda" vem da palavra "kitanda", que tem origem em Angola e significa "tabuleiro". Isso mostra que essa atividade tem raízes na cultura africana, especialmente nas tradições das mulheres negras escravizadas e suas descendentes.


Desde 2013, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) está trabalhando para reconhecer o ofício das quitandeiras como um patrimônio imaterial. Isso é muito importante porque ajuda a valorizar o trabalho delas, que é uma herança cultural que vem desde os tempos coloniais.

Além disso, as quitandeiras representam a diversidade cultural do Brasil. Elas incorporam saberes e ingredientes de diferentes povos, como africanos, indígenas e europeus, na produção das quitandas. O trabalho delas não é só uma maneira de ganhar dinheiro, mas também uma forma de resistência cultural e uma maneira de fortalecer as comunidades.


As quitandeiras atuam em espaços públicos, o que facilita a interação entre as pessoas e promove o acesso às tradições gastronômicas. O reconhecimento desse ofício é uma forma de garantir que as práticas das quitandeiras e o valor das quitandas sejam preservados para as próximas gerações.



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